segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Discos de vinil crescem em vendas em 2013

Há quem ainda consuma música no formato CD, mas é possível notar nos últimos anos o gigantesco aumento das vendas digitais junto ao consumo de serviços de streaming e, supreendentemente, o crescimento no mercado de discos de vinil. Isso mesmo, as tais bolachonas que não são as mais práticas, mas que certamente melhor proporcionam a união entre qualidade sonora e experiência sensorial e afetiva.
E os números não mentem. Como divulgou a BPI (British Recorded Music Industry), órgão responsável por gerenciar os números da indústria britânica, o Reino Unido teve seu melhor ano em vendas de discos de vinil desde 2001- que deve chegaram a 700 mil cópias em 2013. Se comparado ao bolo inteiro, a venda de LP ainda é bem pequena na indústria, representando apenas  0,8%, mas ao considerar que em 2007 essa porcentagem era de 0,1%, a perspectiva muda.
Os em parte responsáveis pelo bom ano têm nome: Daft Punk, David Bowie e Arctic Monkeys, que lançaram os ótimos materiais inéditos "Random Access Memories", "The Next Day" e "AM", respectivamente. Tais artistas investiram no formato e tiveram resposta positiva de seus fãs.  O disco da banda comandada por Alex Turner, inclusive, lidera as vendas de vinil na Amazon britânica e "Random Access Memories" ficou no topo das vendas durante boa parte do ano.
Outro ponto principal que tem auxiliado no fomento do mercado de vinil são os Record Store Day (Dia da Loja de Discos, em tradução livre), nos quais os estabelecimentos independentes se reúnem com artistas para o lançamento de materiais exclusivos e, às vezes, inéditos. Tem quem estoure o cartão de crédito na data comemorativa geralmente marcada no mês de abril.

No caso dos Estados Unidos e Canadá, também houve aumento. A Nielsen SoundScan, que contabiliza os resultados dos mercados fonográficos de ambos os países, divulgou, por meio de relatório, que só na primeira metade do ano, o aumento das vendas de álbuns em vinil foi de 33,5% se comparado a 2012 – tendo o Daft Punk liderado com 32 mil cópias comercializadas até julho (contra 869 mil cópias digitais de "The 20/20 Experience", de Justin Timberlake). No balanço final de 2013 foi muito positivo para as bolachas.

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No caso do Brasil, os números de vendas de vinis são bem menores se comparados aos da Inglaterra e Estados Unidos, embora também tenha sido registrado grande aumento em 2013. A Polysom, a única produtora de vinis da América Latina, deve fechou o ano com um crescimento de aproximadamente 142% na produção em relação a 2012.
"Isso demonstra que o mercado já está girando sem depender de apenas uma empresa lançando novos títulos", disse João Augusto, que reabriu a fábrica no ano de 2009, quando havia enorme descrença quanto à retomada concreta de tal tipo de consumo musical. O consultor, no entanto, não quis detalhar ao UOL os números de unidades produzidas e comercializadas na trajetória da fábrica.
Assim como os gringos, os artistas nacionais também têm investido cada vez mais no formato. A Polysom, por exemplo, comercializa obras de nomes como O Rappa, Nação Zumbi, Tulipa Ruiz, Los Hermanos, Vanguart e Pitty. Entre os clássicos, figuram reedições remasterizadas de 180 gramas de Jorge Ben, Banda Black Rio, Moacir Santos, Novos Baianos, Secos e Molhados, Tom Zé.  Os preços salgados variam, em sua maioria, de R$ 60 a R$80 – a justificativa são os altos impostos e altos gastos com matéria-prima.

Fonte do texto: UOL Entretenimento Musica
Por Patrícia Colombo; do UOL/São Paulo
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